sexta-feira, novembro 12, 2004

Noite...

A casa estava escura.
Pegaste-me na mão e sussuraste.me ao ouvido algo que não entendi. Mas a doçura com que o disseste fez-me esquecer o mundo. Naquele momento só tu e eu existiamos.
Só tu, eu e a lua que iluminava a sala mal decorada, mas que era o nosso local de repouso.
Nosso, só nosso.
Ali o mundo era perfeito. Naquele sofá vermelho arranhado pelo gato, o mundo era um local distante.
Acendeste um cigarro. Segui o fumo até desaparecer. Perguntei-te se nós seremos como esse fumo que um dia simplesmente desaparece.
Tu sorriste com ternura e encolheste os ombros.
Beijaste-me e continuaste a ler.
Sorri...